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O Que Significa Sonhar Com OnA No Mundo Espiritual?

O que significa os sonhos no mundo espiritual?

O que o mundo dos sonhos tem a nos dizer? Aho meu povo! Vocês já pararam para pensar que os seus sonhos podem estar querendo dizer alguma coisa? Talvez transmitir uma mensagem de direcionamento. Existe um ditado que diz que todos as respostas estão dentro de nós, n ão é mesmo ? E eu digo que, os sonhos podem ser o meio pelo qual essas respostas são reveladas.

  1. Eu percebo que os sonhos têm esse papel.
  2. Eles são muito mais que simples imagens e sensações desconexas.
  3. Os sonhos são uma ferramenta poderosa para direcionamento e conhecimento pessoal e estão ao alcance de qualquer pessoa, quem não sonha? O problema é que a maioria não dá atenção e não utiliza este recurso.

Cecília Mendes é especialista em interpretação de sonhos, terapeuta, consteladora sistêmica e, ainda, odontóloga, Ufa!!! Conversamos longamente sobre o assunto e ela nos diz que : «Os sonhos são gratuitos, democráticos (todo mundo sonha: rico, pobre, velho, jovem, homem, mulher.) e acontecem todas as noites.

  • A Bíblia está cheia de referências a sonhos.
  • Infelizmente, com o passar do tempo, as pessoas se esqueceram de valorizar este grande instrumento e com a vida cada v ez mais materialista, passaram a desacreditar dos sonhos, dizendo que eles não passam de projeções da nossa mente.
  • Mas eles são mu u ito ooo mais que isto.

Em Primeiro lugar todo mundo sonha, as pessoas podem não se lembrar dos sonhos, mas sempre sonham. Porque o sonho é muito importante para a reparação dos nossos corpos físico e emocional. E por que não lembramos? Porque não valorizamos os sonhos, Existem 3 formas de se interpretar um sonho: a visão psicanalítica, a visão da neurociência e a visão espiritual.

  1. Para usarmos os sonhos como ferramenta para nossa evolução e autoconhecimento, vamos focar na visão espiritual.
  2. Os sonhos são nossa conexão com o mundo espiritu al, é a linguagem que o nosso Eu Superior usa para se comunicar conosco, p ara dizer coisas que, muitas vezes não prestamos atenção, quando estamos despertos, ocupados de mais com a nossa rotina.

Os sonhos são uma linguagem espiritual, são aspectos do nosso inconsciente, do nosso passado, do nosso futuro, mensagens do nosso espírito etc. Os sonhos são simples e comple xos ao mesmo tempo, pois eles tê m uma linguagem Universal e uma Pessoal, por ex emplo : sonhar com água está relacionado ás emoções, mas é preciso olhar como ela se apresenta se é clara ou turva, corrente ou estagnada, se é um lago lindo ou um mar revolto, onde você estava, etc, etc.

  1. N ão é uma receita de bolo, entende? Por exemplo : sonhar com cobra é traição.
  2. De jeito nenhum.
  3. Não adianta ter um dicionário de sonhos ou dar um Google no tema.
  4. Tudo tem que ser interpretado usando a linguagem Universal, mas também focando na pessoa que sonhou e no momento que ela está vivendo.
  5. É preciso se conectar com o coração.

Dentro do sonho tudo tem significado, então precisamos olhar todos os detalhes. Os sonhos sempre usam elementos do nosso cot idiano para que possamos entendê -los mais facilmente. Então, se você é um musicista, por exemplo, provavelmente vai sonhar com instrumentos musicais, etc.

  • Como disse antes, os sonhos estão ao alcance de todos e são uma linda ferramenta no caminho do autoconhecimento.
  • Tudo o que precisamos fazer é lembrar deles e sabe r interpretá-los, e isto é possível, basta saber como fazer.
  • Como estudioso e condutor de práticas xamânicas eu tenho a dimensão dos sonhos como um ponto muito importante a ser observado sempre.

Realmente o mundo simbólico dos sonhos fascinante. Sempre que ouço, lembro e conecto aos sonhos percebo que estou recebendo valiosos direcionamentos de vida e, por isso, incentivo a todos a observar, estudar e entender um pouco sobre esse assunto.

  1. Já pensou que incrível seria poder entender e interpretar os seus próprios sonhos, se conhecer melhor e usar isto para sua evolução ?
  2. Deixo aqui meus canais para contatos, sugestões, opiniões: Instagram: @mestredanholanda ou @espacopremamanaus
  3. E-mail: ou
  4. *O conteúdo do texto é de inteira responsabilidade do(a) autor(a) e não reflete, necessariamente, a posição do Portal Amazônia.

: O que o mundo dos sonhos tem a nos dizer?

O que significa sonhar com Ori?

Em resumo, sonhar com Orixás está relacionado com a amplitude de sua intuição e contato com o poder espiritual. Além disso, cada sonho vem acompanhado de um significado único, afinal, cada Orixá é representante de diferentes forças, virtudes e situações.

O que é Ori no espiritismo?

Orí, que significa cabeça, lugar que abriga os Orisás, estes que são as entidades sagradas cultuadas pelo povo de santo. Povo que fez do candomblé lugar de resistência; lugar de produção identitária; lugar de encontro intercultural, haja vista que a síntese de cultos está no cerne da sua criação.

O que fazer para fortalecer o Ori?

A cumieira, o orí e o equilíbrio nosso de cada dia, por Mariana Nassif – GGN Contribua usando o Google A cumieira, o orí e o equilíbrio nosso de cada dia, por Mariana Nassif A cumieira de uma casa de candomblé é o pilar de toda a energia que é movimentada ali dentro e, além de sustentar quase que literalmente a casa, fundamenta o axé. O axé, como já escrevi por aqui, inspirada pelo Babalorixá, é o que movimenta a vida do iniciado para frente, e tem muito mais relação com o cultivo da saúde do Orí do que com os procedimentos em si.

Reproduzindo: «NOSSO ORÍ – esta é a nossa divindade individual, a nossa individualidade, é o que somos e o que pensamos ser, constituído por nossos desejos, por nossas palavras, por nossos quereres, por nossas ações; Orí nos apoia incondicionalmente; se decidirmos morrer, ele diz: «estou contigo»; se decidimos nos acomodar, ele diz: «estou contigo»; se decidimos ocupar a posição de vítimas, ele diz: «somos vítimas»; se decidimos vencer, ele diz: «venceremos juntos»; se decidimos viver presos a situações passadas e desagregadoras, ele diz: «nós somos isso!» Orí é um balão inflável, se recebe ar puro e saudável, ele se expande de modo saudável; se não recebe ar; ele não se expande, mas vive «feliz» do mesmo modo; se recebe ar poluído, ele se expande com o ar sujo e poluído.

Quem conduz Orí? Somos nós! As nossas escolhas o conduzem. Ele nos respeita. Orí requer culto, requer boas palavras e bons pensamentos, requer movimento, água limpa e ar puro, requer boas relações. Há guerras de Orí que também podem nos afetar. Ori também é um pouco um ímã.

  • Se você se relaciona com pessoas doentes e tóxicas, Orí é afetado por elas e pode se acostumar com isso.
  • São conexões, somos as nossas conexões – Ori também é feito de conexões.
  • Se você desperta dó e compaixão, Orí se sente confortável com estas emoções-energias que seu Orí atrai.
  • Orí é nosso amigo incondicional e ele nunca é juiz, salvo se o fizermos por nós mesmos.

O Orí do vencedor vencerá, o Orí do perdedor perderá, o Orí do doente adoecerá, o Orí do mentiroso mentirá, o Orí do briguento brigará. Devemos ficar atentos para as nossas atitudes, palavras e pensamentos. Tudo o que pensamos, fazemos e falamos é armazenado em Orí e depois é difícil se livrar disso porque são alimentos.

  • Orí recebe e respeita isso.
  • Ele crê que seu «dono» ou «dona» sabe escolher bem os alimentos que, amanhã, poderão salvar a vida do Ará – corpo, no qual e do qual vive.
  • Orí é um cofre – ele armazena tudo para que usemos quando precisarmos.
  • A intuição é a voz de Orí, a voz do que foi armazenado em Orí.Só quando voltamos ao Orí Odô poderemos nos refazer, mas, mesmo assim, tudo isso estará conosco, todas a nossas escolhas nos acompanharão.

Um dos principais alimentos de Orí é o caráter. Uma das forças mais poderosas para alimentar o bom ou o mau Orí. Precisamos estar atentos. Os Orís se relacionam; uma relação sexual, um namoro, uma amizade, uma relação de confiança; precisamos ser cautelosos porque não sabemos, de fato, como os Orís estão se relacionando e de que modo os Orís estão apoiando mentiras, ilusões e trocas negativas.

Às vezes, você não está conscientemente brigando com alguém, mas os Orís estão e pode haver um Orí lutando contra você; seu próprio Orí pode também apoiá-lo em sua destruição;Os orís são indivíduos e há rituais diferentes para Orí, mas, metaforicamente, você pode alimentá-lo com a destreza da galinha de angola, com a suavidade de um pombo e com a capacidade de viver embaixo d’água de um peixe longevo e esperto; pode também alimentá-lo com a maleabilidade do inhame cozido, com a força e neutralidade deste alimento.

A impressão digital de Orí é a sua individualidade. Não há Orís idênticos e do mesmo tamanho. Não há cabeças iguais e com a mesma medida. Por isso, a medida, o formato e os traços de uma cabeça constituem impressão digital de Orí – seu Igbá. Você deve cuidar de seu Orí como cuida de seu corpo: com água limpa e cristalina, com boas palavras e bons pensamentos, com coragem, com autoestima, com boas ideias, com a aprendizagem de algo novo, com o movimento do corpo, com generosidade e bom caráter.

  • Orí se importa igualmente com seu corpo.
  • Ele está ligado ao «ará» – corpo.
  • Ou seja, é claro que um banho de folhas, um ejé bem aproveitado, um xirê dançado, o abraço do pai de santo, sem dúvida, têm poder.
  • Mas a manutenção das determinações de onde colocar o axé cabem às decisões pautadas pelo Orí, a nossa cabeça.

Em paralelo à minha própria iniciação, tão recente quanto intensa, para uma Orixá tempestuosa por natureza, venho percorrendo caminhos de encontro ao que chamarei de minha cumieira – e hoje, apenas uma semana após começar as práticas d’, desperta em mim a faísca de que o equilíbrio se distancia de mim quanto mais defino a vida pautada pelas emoções, especialmente as minhas, tão quentes e rapidamente profundas.

  • Não pretendo me transformar em alguém morno, longe disso, mas quem sabe experimentar como pode ser operar em um padrão diferente do sentir-decidir.
  • Ainda vivo a experiência do sentir-acolher e, olha, pra uma filha de Oyá com quase quarenta anos nas costas isso já é imenso.
  • Veja mais sobre:, Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

: A cumieira, o orí e o equilíbrio nosso de cada dia, por Mariana Nassif – GGN

O que significa sonhar com imagens de orixás?

O Que Significa Sonhar Com Orixa – Hospital da Mulher e Maternidade Santa Fé Em resumo, sonhar com Orixás está relacionado com a amplitude de sua intuição e contato com o poder espiritual. Além disso, cada sonho vem acompanhado de um significado único, afinal, cada Orixá é representante de diferentes forças, virtudes e situações.

Como saber se o sonho foi premonição?

Sonhos premonitórios são aqueles que são concretizados na vida real. Você já sonhou com alguma situação e depois ela realmente aconteceu? Então, se você já passou por isso é porque você teve a experiência de um sonho premonitório, que também podem ser chamado de precognitivo.

Porque eu sonho e as coisas acontecem?

Porque sonhamos? Entenda os mistérios do sonho! Dormir bem é fundamental e uma das consequências de uma boa noite de sono são os sonhos, muitas vezes irreais e que dificilmente nos lembramos. Os sonhos são uma parte integrante e fundamental de nossas vidas. Eles carregam mensagens ocultas sobre o nosso inconsciente, revelando desejos e estados de espíritos atuais.

  • 😴 O que é o sonho?
  • Os sonhos são representações de nossa realidade externa e como isso nos afeta internamente,
  • É consequência da ativação cortical que ocorre na fase REM (rapid eye movement, ou movimento rápido de olhos) do sono.
  • Esse estágio chega após três outras fases:
  • N1 (transição da vigília para um sono mais profundo, mas ainda leve)
  • N2 (desconexão do cérebro com os estímulos do mundo real)
  • N3 (sono profundo, com descanso da atividade cerebral).

Durante o REM, é muito difícil acordar quem está dormindo. O corpo fica mole, mas a atividade cerebral é intensa. Tão intensa que se assemelha à atividade de quando se está acordado.

  1. 😴 Porque sonhamos?
  2. Durante o sono o cérebro é quase totalmente ativado, necessitando que o fluxo de sangue seja o dobro do necessário durante este período.
  3. Apenas uma parte do cérebro para de funcionar enquanto dormimos: o centro lógico.
  4. 😴 Sonhos irreais
  5. A partir do desligamento do Centro Lógico os sonhos passam a ser irreais.

Para não exteriorizar nossos sonhos, o cérebro envia sinais para a medula espinhal paralisando assim nossos membros temporariamente. O único que movemos durante o sono, que ocorre durante a fase conhecida como REM, são os nossos olhos que se movem de acordo com a nossa atividade no sonho.

  • 😴 Os sonhos acontecem somente na na fase REM?
  • Não!
  • Você sonha todas as noites, em todas as fases, mas não é capaz de se lembrar.
  • Os sonhos do sono REM são mais ricos, fantasiosos e longos. Nos outros estágios são mais simples e mais difíceis de ser lembrados
  • 😴 Mas porque eu não lembro dos meus sonhos?
  • Na fase REM o nível de noradrenalina é muito baixo.
  • Durante o sono temos muita noradrenalina e, quando acordamos, praticamente não temos nenhuma fazendo com que aquela memória que era forte no sonho seja facilmente esquecida ao despertar.
  • Apenas lembramos dos sonhos se despertamos, no máximo, 10 minutos depois de ele acabar.
  • Noradrenalina: Neurotransmissor fundamental para ativar a atenção e a formação de memórias.
  • 😴 Porque eu me lembro somente dos pesadelos?
  • Como foi dito acima, só lembramos dos sonhos se nos despertamos 10 minutos depois de ele acabar.
  • Sonhos incômodos ou assustadores costumam nos despertar rapidamente, mesmo que em pouco tempo voltemos a dormir.
  • 😴 Sonhar pode resolver problemas diários
  • Quando sonhamos, nosso cérebro tenta resolver os problemas que nos ocupam durante o dia.

Dormir pode ser a solução para um problema que não conseguimos resolver. Além disso, um sonho pode ser um reflexo fiel ou, na maioria dos casos, simbólico do que ocupa a nossa mente, de nossos medos e de nossos desejos.

  1. Por isso são comuns alguns pesadelos que evocam medos como a falta de autoconfiança que muitas vezes se reflete em um sonho no qual a pessoa está nua em um lugar público e não pode se esconder ou se cobrir.
  2. 😴 Dormir é bom para a memória
  3. Um papel importante que nosso cérebro desempenha durante o sono é descartar e selecionar as memórias.
  4. É por isso que ao ter uma boa noite de sono após ter estudado lembraremos melhor a matéria ao invés de ter passado a noite inteira estudando.
  5. 😴 Teorias sobre os sonhos
  6. Diversos estudos e observações produziram uma série de teorias sobre a função dos sonhos:
  7. Simulação de ameaça

Essa teoria sustenta que as pessoas praticam nos sonhos como lidar com ameaças. Neles, o indivíduo pode lutar contra leões, escapar de uma gangue ou responder com firmeza quando é humilhado, são simulacros. Consolidação da memória Essa teoria afirma que à noite o cérebro está trabalhando na compilação de lembranças.

  1. Assim, o estranhamento que às vezes se manifesta nos sonhos pode ser resultado da tentativa do cérebro de vincular duas coisas que normalmente existem de forma independente, mas precisam se relacionar.
  2. Redução do medo Essa teoria diz que aprendemos ou acumulamos muitos medos quando estamos acordados, e ao dormir, reduzimos as preocupações ao sonhar com nossos temores, mas possivelmente em um contexto diferente.

Isso ajudaria a eliminar ou reduzir o medo. 😴 5 técnicas para lembrar dos sonhos 1. Anote Especialistas recomendam que você sempre escreva seus sonhos, pois isso tornará mais ativa sua relação com eles. Também é uma maneira de reconhecer os aspectos comuns e os raros.2.

Desenhe Ficou sem palavras? Desenhar formatos geométricos, animais, objetos e qualquer outro item que apareceu no sonho também é um jeito eficiente. O importante é ter referências reconhecíveis para você.3. Respire O ideal é colocar os sonhos no papel logo após acordar, quando há menos chances de esquecê-los.

Para isso, evite sair da cama com rapidez e deixe para olhar aparelhos eletrônicos em outro momento.4. Nomeie Além de escrever ou desenhar, é recomendável dar títulos aos sonhos para ajudar a captar o que é essencial em cada um. Com essa organização, você terá um belo caderninho dos sonhos.

  • 5. Mentalize
  • Se ainda estiver com dificuldades de lembrar os sonhos, uma ideia é pensar repetidamente «eu vou sonhar» ao deitar, o que pode ajudar a indicar para a mente o seu desejo de recordar.
  • 🗣️ Agora queremos saber de você
  • Como foi seu último sonho?

: Porque sonhamos? Entenda os mistérios do sonho!

Qual sonho mais raro?

Decifrando os sonhos | CEMEP

  • O psicanalista Carl Jung, afirma que o inconsciente nos passa mensagens através de imagens.
  • Aqueles sonhos repetitivos na verdade são pura insistência do inconsciente de tentar nos fazer compreender o que é tudo aquilo que está sendo mostrado e dito para podermos aplicar na vida real.
  • Para começar a entender a mensagem que os seus sonhos querem te passar é preciso identificar o tipo de sonho. Jung define os seguintes tipos:
  • Sonhos Traumáticos

São aqueles que remetem a um trauma passado ou recente, mas que talvez ainda não tenha sido superado. A suas atitudes diante dos sonhos traumáticos te dirão se você venceu este sofrimento ou não. Se você se esconde dos desafios que aparecem, significa que ainda é preciso trabalhar em cima deste trauma.

  • Mas se os enfrenta, é muito provável que você esteja no caminho de superar, se não, já ter superado este trauma.
  • Sonhos Proféticos Estes são mais raros, pois aparecem como uma premonição do futuro.
  • Nada muito grandioso, apenas pequenos acontecimentos, como prever que algum objeto vai quebrar ou que você passará por uma rua em específico.

Sonhos Prospectivos Dormir pensando em um monte de pergunta sem resposta, e no dia seguinte, você de repente acorda com uma solução para tudo. Às vezes descansar é o segredo!

  1. Sonhos Extra-sensoriais
  2. Este sonho também é tão raro quanto o profético, mas neste caso, envolve a morte de alguém que acaba se tornando realidade.
  3. Sonhos Compensatórios

Estes são os mais comuns! Eles geralmente te mostram o que você precisa trabalhar em sua vida: medos, relações, objetivos, frustrações, defeitos, hábitos, etc. Ou por exemplo, se você se encontra em um momento muito triste da sua vida, você sonha que está extremamente feliz.

Agora que você tem plena consciência dos tipos de sonhos que seu inconsciente traz, é hora de seguirmos para próxima etapa, complementando ainda mais os significado s. As pessoas que aparecem no sonho podem trazer inúmeros significados e respostas para nós. Elas podem ser fragmentos da nossa psique, mostrando um aspecto de nós mesmos ou podem refletir os nossos relacionamentos.

Como diferenciar? Se estas pessoas são próximas à você e aparecem nitidamente, seu sonho é objetivo, ou seja, reflete a sua relacionamento com elas. Mas se elas são desconhecidas, ou até são conhecidas, mas aparecem um pouco diferente do que são na vida real, seu sonho é subjetivo, ou seja, representa fragmentos da sua psique.

  • A próxima etapa é identificar de qual gênero estas pessoas são.
  • A psique de todos os seres humanos é constituída pela junção do feminino e masculino.
  • Nas mulheres, a parte masculina é chamada de animus e nos homens, a parte feminina é chamada de anima,
  • O animus representa o lado mais racional e cético das pessoas, enquanto a anima representa o lado mais intuitivo e emocional.
See also:  O Que Significa Sonhar Caindo De Um Lugar Alto?

Se você é uma mulher e sonha com um homem, pode significar que você precise trabalhar alguma questão ou relação da sua vida de forma mais racional. Se você é homem e sonha com uma mulher, pode significar o inverso, que você precise desapegar do lado racional e acreditar mais em sua intuição.

Se sonhamos com o mesmo sexo, significa que estamos vendo nossa própria sombra. A sombra remete aquelas características mais cabeludas, sabe? Segundo Jung, é o lado obscuro da nossa psique, o lado escondido, o que reprimimos e negamos aceitar. Como os defeitos, por exemplo. Ainda assim, mesmo com todas essas explicações, cada sonho vai apresentar um significado único para cada pessoa.

Portanto, o penúltimo passo é se perguntar quais experiências você viveu no sonhos. Por exemplo: «Sonhei que estava caminhando uma praia vazia junto com o meu gato me senti muito liberta.» E a última etapa é correlacionar os aspectos dos seus sonhos com o seu contexto de vida.

  • Seguindo o mesmo exemplo: «Sonhei (sou uma mulher) que estava caminhando uma praia vazia junto com o meu gato me senti muito liberta.
  • Mas de repente apareceu meu chefe (homem) e ele disse pra eu voltar para o escritório.» Interpretação 1) Chefe Não lembro claramente do rosto do meu chefe, mas sei que ele era homem.

Então é muito provável que ele represente o meu lado masculino, o meu animus, aquele que me cobra uma postura racional diante de tudo. No fim, este sonho representa uma cobrança interna minha de ficar o tempo todo trabalhando para distrair a cabeça de questões mais profundas.

  1. Gato Já meu gato do sonho era igualzinho o meu gato da vida real.
  2. Talvez ele tenha aparecido porque quando estou com ele me sinto mais livre, sabe? Desencano um pouco dos meus problemas.
  3. A praia Praias desertas remetem uma paz interna.
  4. É como se todas as minhas angústias pessoais estivessem resolvidas e o silêncio finalmente pudesse ser contemplado, e eu pudesse viver o presente.

Quando eu era criança me sentia exatamente, mas hoje em dia já mais difícil diante de tudo que estou passando. Interpretação 2) Chefe Era meu chefe escrito no sonho! Acho que é porque eu preciso me posicionar melhor em relação à ele. Ele me pede muita coisa em momentos inapropriados e eu nunca sei dizer não.

Acabo trabalhando praticamente 24h por dia. É melhor eu trabalhar minha coragem e atitude de confrontá-lo quando preciso. Gato Já gato do sonho era um pouco diferente, mas ainda assim sentia que era meu. Ao contrário do cachorro, o gato costuma significar liberdade, fuga, desapego. Vou me desapegar desse vício de trabalho que me acorrenta 7 dias por semana e usar minha energia para melhorar outras questões minhas que me trarão liberdade.

A praia Praias desertas remetem uma paz interna. É como se todas as minhas angústias pessoais estivessem resolvidas e o silêncio finalmente pudesse ser contemplado e eu pudesse viver o presente. De fato, não consigo viver o presente diante de tanto trabalho e questões internas que evito.

  • Este é apenas um exemplo, baseado na mente da pessoa que está escrevendo.
  • Outras pessoas podem ter o mesmo sonho e encontrar significados completamente diferentes.
  • Para analisar sonhos é preciso analisar a própria vida: passado, presente e até mesmo o futuro.
  • É importante conhecer a si mesmo, e abrir a mente para as mensagens que o inconsciente quer ter passar, mas que você se recusa a aceitá-las.

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Como a entidade escolhe o médium?

Artigo Mediniunidade e iniciação: notas sobre a iniciação de crianças na umbanda Psychism end initiation: notes about the initiation of children in Umbanda Mediumnidad y iniciación: notas sobre la iniciación de niño en la Umbanda Marilu Marcia Campelo; Alef Monteiro Universidade Federal do Pará (UFPA) RESUMO O artigo é um estudo sobre o imaginário religioso umbandista acerca da iniciação de crianças que apresentam ou não capacidades mediúnicas latentes. Ele explora as variadas posições de praticantes frente à experiência do transe religioso na infância. O objetivo não é fazer uma discussão sobre transe e êxtase religioso na infância, mas delinear em que medida as representações do imaginário umbandista se aproximam e se distanciam das representações ocidentais sobre a infância e demonstrar como a religião constrói um lugar para a criança a partir desses elementos simbólicos que nela interferem. Para tanto, utilizouse o método etnográfico que consiste em observação participante, entrevistas intensivas e análises documentais junto a um grupo de umbandistas no Rio de Janeiro. Constata-se que há uma série de contradições entre as concepções religiosas acerca de capacidades espirituais inatas de crianças e a ideia de infância da sociedade contemporânea, acarretando readequações na dinâmica do grupo. Palavras-chave: Crianças; Mediunidade; Iniciação; Umbanda; Religiões de Matriz Africana. ABSTRACT The paper is a study about the umbandista religious ideal regarding the initiation of children which present or not latent psychic abilities. It discovers the many positions of observers before the religious trance experience in childhood. The aim is not about to create a discussion regarding religious trance and rapture in childhood, but outlining in what measure the representation of the umbandista ideal comes near or distances to the occidental representations about childhood and to demonstrate how the religion builds a place for the child from these symbolic elements which it interferes. For that, was used an ethnographic method that consists in participant observation, intensive interviews and documental analysis with a group of umbandistas in Rio de Janeiro. It is possible to find a sequence of contradictions between the religious conception about the innate spiritual abilities of the children and the contemporary society’s idea about childhood, resulting in new adaptations on the dynamics of the group. Keywords: Children; Psychic; Initiation; Umbanda; Religions of African Matrix. RESUMEN El artículo es un estudio de la imaginería religiosa de la Umbanda acerca de la iniciación de los niños que presentan o no las habilidades mediumnicas latentes. Él explora las diversas posiciones de los practicantes delante la experiencia de trance religioso en la infancia. El objetivo no es hacer una discusión de trance y el éxtasis religioso en la infancia, pero delinear el grado en que las representaciones del imaginario de la Umbanda se aproxima y se aleja de las representaciones occidentales de la infancia y demostrar cómo la religión construye un lugar para el niño a partir de éstos elementos simbólicos que interfieren en ella. Para esto, se utilizó el método etnográfico que consiste en la observación participante, entrevistas en profundidad y análisis documental con un grupo Umbandistas en Río de Janeiro. Parece que hay una serie de contradicciones entre las concepciones religiosas de las capacidades espirituales innatas de los niños y la idea de infancia de la sociedad contemporánea, lo que lleva readecuaciones en la dinámica de grupo. Palabras-clave: Niños; Mediumnidad; Iniciación; Umbanda; Religiones de matriz africana. INTRODUÇÃO «Tia Maria, cadê Pai João? Tá lá na roça, catando feijão. Pula daqui, pula de lá. Deixa as crianças que querem brincar.» (Ponto cantado para pretos-velhos, Considerados protetores das crianças) Dentre as muitas modalidades de religiões afro-brasileiras, a Umbanda é das mais conhecidas e espalhadas no país. Sua gênese e formação remete ao início do século XX, quando aparece como uma nova modalidade de culto incorporando a prática kardecista às práticas africanas e indígenas existentes na cidade do Rio de Janeiro, berço de sua origem (Ortiz, 1978; Brown, 1985). O universo religioso umbandista está centrado na ação dos espíritos chamados de entidades ou guias – caboclos, pretos-velhos, exus, boiadeiros, mineiros, marinheiros, baianos, orientais crianças, mestres e ciganos – que incorporam nos médiuns para trabalhar e praticar a caridade. Os Orixás são equivalentes aos santos católicos e não baixam (incorporam) nos médiuns, antes, delegam essa tarefa aos guias sob seu poderio que são reunidos em falanges – espécie de linhas agrupadas por domínio da natureza e função no sistema umbandista. A Umbanda é, portanto, uma junção de elementos africanos (Orixás e culto de antepassados), indígenas (culto de antepassados e elementos da natureza), elementos Católicos (santos sincretizados aos Orixás africanos), e Espíritas (fundamentos espíritas, reencarnação, lei do carma (ou de causa e efeito), progresso espiritual, missão e dom). Por ser uma religião construída a partir da oralidade e da vivência, não havendo um livro base, é possível encontrar vários tipos de Umbanda. Elas estão classificadas, em geral, de duas maneiras: Umbanda Branca – com maior acréscimo de elementos do espiritismo e bens culturais que convencionamos chamar de ocidentais – e outra mais de terreiro, ou mesmo como dizem, traçada, voltada para práticas mais africanizadas. A questão é que a Umbanda é uma religião muito plástica, adaptável à região onde está situada, à classe social que a prática e, portanto, aos valores morais e sociais que são dados pelo grupo que organiza o espaço, chamados em geral de Centro, Tenda ou Terreiro. Como é uma religião espiritualista, a ligação entre este mundo e o mundo dos espíritos se faz por meio dos médiuns. Na Umbanda existem várias classes de médiuns organizados de acordo com o tipo de mediunidade que cada um possui. Pode-se afirmar que a mediunidade é o pilar central que suporta todas as ações de um terreiro. Segundo creem os umbandistas: A mediunidade na Umbanda é uma oportunidade de trabalho para evolução pessoal e resgate cármico do médium. Ninguém é médium para «pagar o que fez» em uma encarnação passada. É médium porque se propôs a colaborar com o trabalho divino no presente, em busca de um futuro melhor para todos Médiuns todos são, embora alguns em grau mais suave. Mas ninguém pode se «candidatar» a médium de terreiro em algum momento da vida. Estas pessoas são escolhidas como instrumentos de trabalho antes de seu nascimento, sua encarnação nesta terra. Passam a ser cuidados e protegidos por seus guias até o momento de iniciar seu trabalho 1, Como todas as religiões de transe, na Umbanda é necessário uma série de ritos iniciáticos que transformam uma pessoa em veículo das divindades, isto é, a transforma em um cavalo dos espíritos ou deuses que são cultuados no espaço do terreiro. A iniciação é sempre considerada um destino ou uma missão que deve ser cumprida. Em geral, ela acontece em duas circunstâncias: através da socialização do indivíduo no grupo religioso, neste contexto, a iniciação é marcador do modus vivendi adquirido pelo indivíduo em sua formação como parte do grupo: o(a) candidato(a) à iniciação já frequenta algum terreiro e decidi pela iniciação. Outras vezes, ocorre de maneira mais dramática: o indivíduo vivencia uma situação conflituosa de saúde e doença onde o quadro é identificado pela comunidade circundante como manifestação corporal de um dom a ser desenvolvido. Como diz a tradição: «entra-se na religião ou pelo amor, ou pela dor». As diferentes modalidades das religiões de matriz africana têm aspectos bastante comuns em relação ao processo iniciático, porém, divergem quando se trata de iniciação de crianças. Geralmente, na Umbanda, a criança que nasce em uma família umbandista recebe o nome do seu protetor ou protetora em uma cerimônia celebrada pela mãe ou pai de santo do terreiro, durante uma sessão ou gira para pretos-velhos ou caboclos. O responsável ou a entidade guia, chefe do terreiro batiza utilizando uma série de elementos tais como água da cachoeira, azeite e ervas. Ela abençoa a criança e oferece proteção. A iniciação de fato, geralmente, só vai acontecer na fase adolescente ou adulta, quando a pessoa manifesta a vontade de seguir a religião. Este exemplo mostra um ritual onde a criança passa a integrar uma família religiosa pelo processo da socialização, mas não se trata de uma iniciação de fato. A transmissão familiar ocupa um papel relevante na formação religiosa dos umbandistas e, em geral, de todos os afro-religiosos. A Umbanda mostra sinais evidentes de ter se transformado em processo de continuum religioso. É difícil para os adeptos falar do ingresso na religião, quando praticamente nasceu e foi criado dentro do espaço do terreiro. Não se observa a dicotomia do antes e depois. Contudo, quando esse processo ocorre na fase adulta há toda uma mudança no próprio indivíduo, na construção de sua identidade, nos seus referências e valores que passam a ser moldados pelo novo ser que nasce na iniciação. E quando se trata de uma criança? Como é esse processo? Teoricamente não existe idade, sexo ou condição social que impeça a iniciação. Observando e conversando com umbandistas que desenvolvem seus rituais em terreiros ou em casa, e que formam uma parcela bem característica da Umbanda no Rio de Janeiro, é possível perceber que existe uma série de controvérsias sobre o assunto. Alguns adeptos questionam a idade certa para se ingressar na carreira religiosa, alegando a capacidade da criança em assumir as responsabilidades que o culto exige, a falta de maturidade para encarar o preconceito religioso em alguns casos, considerando mais sensato que a criança tenha liberdade de escolha por seguir ou não a religião dos pais. A vivência em campo também suscitou outro questionamento: estaria aí também embutida uma preocupação típica, principalmente dos teóricos umbandistas que escrevem livros e sites, acerca da possibilidade de falsificação do transe (como se as crianças fossem mais propensas a esses atos), o que acarretaria um grande prejuízo à legitimidade da religião? Assim, o fulcro de nossas análises é o imaginário religioso de umbandistas sobre a socialização e iniciação de crianças na Umbanda. Enveredamos nas concepções que um determinado grupo possui sobre a infância e seu lugar na religião de tal maneira a demonstrar em que medida estas concepções se aproximam e distanciam daquilo estabelecido na sociedade contemporânea sobre o desenvolvimento e a capacidade psicossociais de crianças. Nossos interlocutores são um grupo de pessoas que pode ser considerado de classe média baixa e que apresentam por isso, uma característica interessante: vivem na fronteira entre o terreiro mais africanizado, mais voltado a uma identidade afro-brasileira e, um mundo mais voltado à cosmovisão espírita kardecista. TRANSE E MEDIUNIDADE Os fenômenos de transe sempre chamaram a atenção de pesquisadores, médicos e sacerdotes. De tal forma que cada campo do conhecimento construiu teorias explicativas que foram e ainda são sucesso na sociedade ocidental. Tratados como patologias pela psiquiatria e características das sobrevivências primitivas nos primórdios da antropologia foram alvo de um longo debate chegando-se a uma definição cultural do fenômeno. A necessidade de uma discussão e revisão aprofundada do conceito ainda é necessária, mas seguiremos aqui a perspectiva de Maués (2003), que trata a questão como um fenômeno composto de elementos psicofisiológicos e culturais. A discussão de transe aqui serve de suporte para a discussão sobre a iniciação de crianças, particularmente, as concepções sobre o que é ser criança e como ela poderá reagir a este fenômeno. Logo, o transe é tratado aqui a partir da visão de mundo dos umbandistas entrevistados: uma leitura sobre a mediunidade, um fenômeno descrito tanto por escritores como por sacerdotes em sua complexidade simbólica, mas com características singulares e nitidamente objetivas. O transe na Umbanda é um princípio fundamental de seu funcionamento – a existência da noção de mediunidade. A sua prática designa uma série de ideias e atos, baseados na crença de que um ser humano é escolhido para ser possuído por um determinado espírito, que agem em favor dos seres humanos. Contudo, essa relação só pode ser estabelecida a partir do momento em que a pessoa aceite servir de veículo para este fim, isto é, seja iniciada. Neste caso, trataremos aqui das construções pelos umbandistas do que seja o transe mediúnico. Nas palavras de Welthon Cunha (2013): O fenômeno mediúnico está presente em diversas formas de religiosidade brasileira, como a umbanda, candomblé, espiritismo kardecista, omolokô dentre outros. Sua importância é tão relevante que a bibliografia destas religiões e os depoimentos colhidos por inúmeros pesquisadores junto a praticantes e fiéis destas formas de religiosidade mostram que existe uma preocupação permanente com a legitimidade do fenômeno, ou seja, com o fato que as entidades, guias, ou orixás que se manifestam sejam ‘reais’ e não ‘teatralizadas’ ou ‘falsificadas’, consciente ou inconscientemente, pelos médiuns. Não existe, por exemplo, umbanda sem a manifestação ou incorporação dos caboclos, pretos-velhos, exus dentre outros. São eles que legitimam, confirmam e abençoam os rituais. São eles que trazem os conhecimentos e magias da aruanda -, o mítico mundo dos umbandistas, para o mundo dos vivos. (p.11) A mediunidade refere-se basicamente a um dom especial que uma pessoa tem para se comunicar com as entidades ou espíritos. Levando em consideração os aspectos psicológicos pode-se afirmar que o transe mediúnico caracteriza a manifestação de outra personalidade numa mesma pessoa. Porém, esta personalidade só surge nos momentos convencionais e constitui-se como um método de cura, uma terapia e uma forma de pedagogia que transmite ensinamentos essenciais à vida comunitária e a construção da individualidade (Bastide, 1973; Lima, 1979). Para os umbandistas todas as pessoas são médiuns, ou seja, possuem mediunidade, porém apenas alguns têm a obrigação de desenvolvê-la ou iniciar-se. Nesse sentido, a mediunidade configura-se como uma capacidade existente dentro do organismo humano que necessita de estímulos sobrenaturais para ser utilizado: A mediunidade é a abertura dos canais energéticos do corpo astral para o contato com a espiritualidade. Se o médium se afinar com seres de luz, isso é extremamente benéfico. Caso isso não aconteça, ele pode ser usado também pela espiritualidade negativa e se transforma em um instrumento da sombra. Por isso, o cuidado com o médium é tão importante, em todos os momentos de sua vida, não só no terreiro.2 Há diversos tipos de mediunidades. A mais comum é a incorporação, pela qual «o médium dá passagem a uma entidade, geralmente Guia Espiritual que vem trabalhar e evoluir» 3 ao mesmo tempo. Pode ser classificada em: a) a intuitiva ou de pressentimentos – na qual o médium sente ou recebe intuições de Guias Espirituais e Entidades, (sem vê-los e nem ouvi-los, propriamente); b) a sensitiva- na qual o médium «sente» a presença de espíritos ou de energias extra-físicas, (sem vê-los ou ouvi-los); c) a auditiva- na qual o médium apenas ouve as mensagens dos espíritos ou das Entidades; d) a da clarividência- na qual o médium vê os seres e/ou energias astrais do local onde está ou de um lugar no espaço distante dali; ou visualizando «cenas do passado»; ou ainda pela psicometria, («vendo» cenas do passado ou captando energias do passado, ao tocar objetos, roupas, etc.); e) de desdobramento ou sonambúlica. Não confundir com sonambulismo, situação em que a pessoa adormece e fala, ela mesma, sobre o que está à sua volta. Porque no desdobramento o médium «se solta», desprende-se parcialmente do corpo físico, acessa e descreve o que está vendo da realidade não-material, podendo receber e passar as mensagens que os espíritos ou Entidades vão ditando (exemplo raro: Chico Xavier psicografava numa reunião mediúnica em Minas Gerais. Em desdobramento, participou de uma reunião mediúnica extra-física e lá também psicografou, transmitindo a mensagem de um filho desencarnado à mãe também desencarnada. Mãe e filho se encontravam em regiões astrais diversas, a mãe sofria por não ter notícias dele.); f) psicografia- na qual o médium escreve textos ditados pelos espíritos e Entidades ou, então, sob a orientação deles, a partir de ideias básicas que recebe e desenvolve; g) de cura- pela qual, mesmo sem incorporar, o médium pode aplicar passes que irradiam energias de cura, bem como fazer projeções de energias curadoras à distância; h) a que permite falar ou entender línguas estrangeiras que não são do conhecimento do médium, que é a xenoglossia ; i) a que permite pintar ou desenhar, sob a instrução de artistas já desencarnados; também chamada de pictórica ou pintura mediúnica; j) a olfativa, que permite ao médium sentir perfumes e odores de uma realidade não-física; l) a de materialização, pela qual os Guias Espirituais e Entidades se utilizam de energias do médium, (ectoplasma), para se materializar diante das pessoas ou para materializar objetos etc. Exemplo elevado é o de Jesus que, entre outros, materializou: pães e peixes para a multidão que o acompanhava; fez surgir uma abundância de peixes na rede dos pescadores ; transformou água em vinho, nas Bodas de Canaã.4 Alguns teóricos umbandistas, como Peralva (1987) e Silva (1983), que tentam divulgar suas doutrinas através dos livros, definem as fases da vida humana nas quais os sintomas da mediunidade são mais frequentes, listando apenas os aspectos mais gerais que identificam um médium em potencial: dor de cabeça frequente, enjoo constante, vômitos, náuseas, falta de sono, sistema nervoso descontrolado, bocejos constantes, falta de apetite, dores musculares, depressão melancólica, desejo de solidão, sonhos fúnebres, vida material amarrada, reações emocionais insólitas, sensação de enfermidade, calafrios, mal-estar e irritação. Teoricamente, a mediunidade não depende de lugar, condição social ou sexo para manifestar-se. Ela pode surgir na infância, na adolescência, na idade madura ou na velhice (casos em que se torna mais rara). Tudo vai depender da relação entre os estímulos sobrenaturais e as pessoas. Mas, no geral, a mediunidade manifesta-se nas seguintes fases da vida, de acordo com Silva (1983): a) na infância – que caracteriza aqueles que têm uma «missão» espiritual, os chamados «médiuns de berço». Esta fase inicia-se mais ou menos entre os sete anos de idade; b) na fase adulta – quando ela manifesta-se na grande maioria das pessoas, mais ou menos entre os vinte e cinco e vinte e oito anos de idade; c) na fase madura – entre os quarenta e cinco e cinquenta e dois anos de idade, desde que a pessoa possua boa saúde. Estes seriam os retardatários da fase adulta.(p.44-45) Se a mediunidade é um dom específico, médium é aquele que serve de intermediário entre os espíritos e os seres humanos. Ao lado deste termo adotado do espiritismo e difundido entre todos os umbandistas, existem outros dois termos mais frequentes entre os praticantes: cavalo e burro (este último termo em vias de desaparecimento). O termo cavalo é utilizado quando se faz uma referência a uma pessoa no estado de transe com sua entidade, ai fala-se «fulano é cavalo de pai Benedito» – ou então, quando a frase é dita ao guia, «tomar conta» ou «não maltratar o seu cavalo» e, por fim, quando o próprio guia fala «o meu cavalo». Em alguns terreiros encontra-se, também o termo burro, utilizado para designar aquele que incorpora os exus. O importante é percebermos que a ideia de transformar-se em cavalo de um espírito torna claro uma referência à transformação do homem em um objeto manipulado por algo exterior a ele. O seu corpo e sua mente são apenas instrumentos a serem usados segundo fins determinados por esta ou aquela vontade. A conversão às religiões matriz africana é considerada inicialmente como um chamado divino, um destino ou missão, que muitas vezes, como já dissemos, utiliza-se da doença para obter uma resposta. A doença é uma das razões mais apontadas pelos frequentadores das sessões umbandistas como a causa de sua adesão. Segundo Paula Montero (1985): «ao lado das adesões que se fazem sob influência familiar, o aparecimento de doenças ou distúrbios generalizados do comportamento e ou do bem-estar são as razões mais frequentemente levantadas» ( p.100) para justificar as consultas e a adesão a esta religião. A autora divide as definições de doença em dois grupos: 1) doença material – de competência do médico; 2) doença espiritual – de competência religiosa. Montero, demonstra, ainda, que existe uma relação de complementaridade entre as duas competências levando as pessoas a estabelecerem um mecanismo classificatório que define o que é «doença de médico» e o que é «doença do terreiro». No caso da doença material a pessoa opta ou por uma ação conjunta ou por uma das duas competências. Já no caso da doença espiritual existe um tipo de diagnóstico para saber que tipo de doença é; se é provocada por feitiço ou se é provocada pela mediunidade não desenvolvida. Em ambos os casos, a doença é uma manifestação. E quando se trata de mediunidade não desenvolvida serve de veículo para obrigar uma pessoa a cumprir seu destino, principalmente quando esta não mantém um relacionamento mais estreito com esta religião. Nesse caso, a pessoa que se recusa mostrar suas potencialidades para comunicarse com os espíritos, tende a se tornar fraca e vulnerável às ações maléficas que têm como sintomas físicos as doenças. Todavia, nem sempre os meios de conversão têm este caráter de liminaridade. Em muitas trajetórias de vida o ingresso na religião é mais tranquilo, pode-se dizer mais socializado. Muitos dos novos membros são filhos ou parentes dos médiuns de um terreiro. Os sinais da mediunidade tornam-se manifestos principalmente quando a pessoa frequenta as sessões de terreiro. Nelas, o candidato começa a passar mal. No entanto, nem todos os que passam mal tem que ser iniciados. Segundo os próprios umbandistas: «muitos são os chamados, mas poucos são os escolhidos». Isso implica numa seleção entre os candidatos de acordo com o grau de mediunidade e sua capacidade de controlar o transe. A iniciação é um ato que restabelece um contrato preestabelecido entre uma pessoa e um grupo de entidades. E caso o escolhido relute em aceitar o cumprimento desse compromisso, elas (as entidades) se encarregam de fazê-lo aceitar impondo-lhe sanções: as doenças físicas e mentais de causas desconhecidas e, às vezes, até a morte. Como diz um adepto: «Você não tem como fugir daquilo, você acaba caindo num Centro, às vezes por doença ou por vários motivos. O guia, o espírito, obriga você a chegar num terreiro». MEDIUNIDADE INFANTIL Conforme demonstrado nas linhas anteriores, todas as pessoas têm mediunidade que se manifesta em diferentes idades. Todavia, quando se trata de uma criança esta concepção genérica cede lugar a outras ideais. O umbandista não questiona que uma criança possa ter mediunidade, pelo contrário, muitas vezes é celebrada e é desejado que as crianças de terreiro manifestem cedo seus dons. Porém, alguns adeptos têm dúvidas quanto à validade do seu transe; da forma como a entidade vai atuar no terreiro (principalmente no caso de caboclos e exus, o uso da bebida e do cigarro, por exemplo), e outros mesmo chegam a temer a rejeição futura da criança quando se tornar adulta. A criança que apresenta os sintomas da mediunidade é dita um médium de berço, geralmente tem visões, incorporam entidades sem nenhum ritual específico ou sofrem com doenças que a medicina não consegue identificar. Constata-se que tais sintomas não são diferentes do que acontece com um adulto, mas o seu processo iniciático não ocorre com a mesma simplicidade da de um adulto. O discurso a favor não vê nenhum problema, valoriza a continuidade do grupo e a certeza da ancestralidade. O discurso contra considera que o desenvolvimento espiritual pode prejudicar o seu desenvolvimento físico e intelectual. Para eles, a criança tem um organismo frágil e imaturo, que nem sempre acompanha o seu desenvolvimento intelectual e vice-versa. Chegam mesmo a afirmar que a criança tem muita imaginação e inicia-la poderia ocasionar consequências perigosas ao seu equilíbrio espiritual e mental. Na concepção deste escritor umbandista, por exemplo: Por influência dos próprios companheiros da mesma faixa etária, pode a criança querer brincar de mediunidade. Espíritos perversos ou brincalhões podem aproveitar a fragilidade e a inocência infantil para exercerem assédio sobre os ainda pequeninos intermediários do mundo espiritual (Peralva, 1987, p.139). Assim, uma vez que a criança não tem controle sobre si mesma, não a consideram capaz de controlar as entidades que dela se acercam. No seu ponto de vista, a criança não corresponde a um dos papéis característicos do médium, que é o de ser capaz de transmitir a estes uma conduta moral adequada e também ser capaz de controlar a sua força. De acordo com os umbandistas, a criança é um ser puro e inocente que ainda não foi contaminada pelos valores negativos da sociedade e, portanto, não tem discernimento entre o certo e o errado. A princípio o médium dever exercer sobre as entidades uma ação benéfica de doutrina e passar por essa mesma ação doutrinária por parte das entidades, formando uma relação ideal de troca, que permite que ambos evoluam conjuntamente. Mas na medida em que a criança não é considerada um parceiro ideal para esta troca, indaga-se como será a atuação dos chamados médiuns de berço. Nos grupos observados, as opiniões sobre suas atuações rituais são contraditórias: uns apoiam a iniciativa, considerando que «se tem necessidade, o médium deve ser desenvolvido»; outros negam terminantemente corroborando as opiniões dos escritores umbandistas sobre o desenvolvimento intelectual e físico da criança. Na fala de médiuns mais antigos, com mais tempo de iniciação, aparece a preocupação de se formar substitutos e continuadores dos terreiros. Assim, se entre os seus filhos ou frequentadores do terreiro houver crianças que demonstrem aptidões mediúnicas, elas são encaminhadas para as sessões de aprendizado que ocorrem em dias e horários específicos conforme relata este adepto: havia uma sessão de desenvolvimento de crianças, eu não me lembro se era uma vez por mês, uma vez por semana na parte da tarde em que os grupos de crianças eram desenvolvidas. E eu cheguei a conhecer algumas dessas crianças já adultas depois, trabalhando no Terreiro. Na ocasião havia muita polêmica em torno da validade desse desenvolvimento de crianças. Havia algumas críticas, que as crianças estariam fumando charutos, Alguns anos depois eu não ouvi falar nesse assunto, mas até hoje eu conheço algumas crianças que foram desenvolvidas lá, se tornaram adultos e continuaram trabalhando lá na Umbanda. São babás de terreiro. Outro exemplo que se segue é mais elucidativo: No Centro mesmo, nós temos uma pessoa que começou com onze anos e ela recebia o preto-velho com onze anos e trabalhava. Hoje ela é uma grande chefe de terreiro. Me contaram que ela estava doente e ninguém sabia o que ela tinha. Que de repente ela caia, desmaiava e começava a falar uma porção de coisas e tal, até que levaram ela a presença do Pai João. Levaram a médico e os médicos não sabiam o que era que. Que estava acontecendo e tal, Pai João disse que ela não tinha doença nenhuma. O que ela tinha era uma grande mediunidade e que ela já tinha que começar a trabalhar. Então ela, teve a mesma iniciação que nós tivemos: desenvolvimento quarta-feira, depois foi para a mesa, depois recebeu o preto-velho dela e com isso ela foi se desenvolvendo. E o Pai João disse: ela é um médium, ela tem compromisso muito grande porque ela vai ser babá hoje ela tem um grande centro, é uma grande umbandista. Neste depoimento, dois aspectos devem ser observados: primeiro a manifestação da mediunidade através de uma doença misteriosa que não foi identificada pela medicina; e segundo, a imposição de ser chefe de terreiro, revelando um compromisso assumido antes do seu nascimento. Sobrepondo-se aos limites que este mesmo grupo colocou à iniciação de outras crianças, esta foi iniciada cumprindo o papel que lhe havia sido designado pelas entidades. O depoimento que se segue mostra que nem sempre estes desígnios são atendidos. O mesmo grupo recusou-se a fazer uma iniciação e o resultado pode ser observado a seguir, na fala de um de nossos interlocutores: Há alguns anos atrás, apareceu em nossa instituição uma família que passou a frequentar nosso Centro, existindo entre seus membros uma menina de oito a dez anos, mais ou menos, que passou a trabalhar no terreiro, causando verdadeira novidade. Pai João, do alto de sua experiência avisou: o médium muito jovem não deve se envolver no serviço de passes e consultas para não causar o seu enfraquecimento material. Foi o bastante, a família ofendida afastou-se do terreiro. Mais tarde, tomamos conhecimento que a mesma havia feito a passagem, Um fator a ser observado nesta fala é o seu desfecho trágico: a morte da criança. Teria ela morrido porque sua família insistiu com a sua iniciação ou, porque interromperam bruscamente este processo? De um lado, se confirmou as ideias do grupo sobre os efeitos negativos da iniciação sobre o desenvolvimento físico; e de outro, o caráter liminar da iniciação: não fazê-la leva à morte. Uma saída adotada nos últimos anos pela nova direção deste grupo é o retardamento da iniciação até a criança atingir a maturidade que possa compreender o que está acontecendo. Esse retardamento envolve rituais específicos chamados de malembe, que significa pedir perdão as entidades, e, ao mesmo tempo, um prazo através de um bori – um ritual de fortalecimento ou um presente ao Orixá, dono da cabeça. Analisando os argumentos de que a «mediunidade acelera o metabolismo e pode prejudicar o desenvolvimento físico e intelectual da criança» considera-se que os rituais de retardamento encerram dois tipos de preocupação. A primeira relaciona-se com a concepção do grupo sobre a autoridade e o poder que o relacionamento com o sobrenatural confere a alguém. Uma pessoa quando se torna um médium adquire uma sabedoria e um poder individual que a diferencia dos demais. O iniciado é aquele que sabe, que conhece os mistérios e os segredos (Eliade, 2002). Nesta perspectiva, a criança não constrói para os médiuns adultos e até mesmo para aqueles que procuram seus serviços, os clientes, um referencial de autoridade e maturidade espiritual que faça com que eles a respeitem. A própria sociedade fragiliza a criança como ser incapaz que só deve brincar e estudar para um futuro melhor: a criança não deve trabalhar. E à medida que ela é considerada um ser humano que não tem personalidade definida, não poderá imprimir sua marca pessoal na construção da identidade de suas entidades, isto é, não haverá uma interação entre as histórias de vida destes personagens e as experiências vivenciadas pela criança. A segunda preocupação do grupo passa pela relação da criança com a religião e indiretamente com a influência da família na escolha religiosa. Receosos que seus filhos não correspondam às responsabilidades que o culto exige, e por medo que eles venham a recusar ou questionar a sua iniciação mais tarde, a própria família protela ao máximo o momento de ingresso no culto, não deixando que a criança decida se quer ou não ser iniciada. Os umbandistas acreditam que a criança pode participar do culto desde que não seja forçada a isso. Ela vai sendo socializada através de um aprendizado implícito, que inclui desde a simples observação, como a brincadeira dentro dos rituais, ou até mesmo um aprendizado de acordo com sua idade que inclui os cânticos rituais, os gestos, os significados das cores e objetos, a participação nas festas. Caso contrário, na medida em que ela cresce terá dúvidas e uma mal disfarçada resistência que se acentuará quando ela entrar em contato com a realidade social, por exemplo, a escola, outra religião, o clube, etc. Ela é, para o umbandista, um ser que ele tem a obrigação de amparar e guiar. Eles acreditam que a formação moral e religiosa desta criança é antes de tudo um dever, uma missão. Eles têm uma grande missão educacional que é a de formar indivíduos probos e moralmente perfeitos, que tenham uma conduta de vida dentro do que eles consideram adequado. A religião umbandista, nas palavras do adepto, é uma garantia para a relação social, pois que constitui o mais poderoso freio às más paixões, mostrando o laço do amor que deve existir». Ou então: «a criança é, sem dúvida, uma vida que está aflorando para um futuro em que poderá recuperar o tempo perdido em outras reencarnações. Temos que ter não só a satisfação como também o dever de ajuda-las nesta jornada. Do mesmo modo, a relação da Umbanda com a família é construída sobre uma base moralista e solidária ao mesmo tempo. A família umbandista é uma tentativa de construção de uma sociedade contínua solidária e estável emocionalmente, de forma que se constitua como um centro de apoio coletivo ou uma espécie de defesa aos seus problemas. Por isso é compreensível a compreensão de um dos nossos interlocutores sobre a inserção das crianças no universo religioso umbandista: «acho natural que siga a religião dos seus pais, acrescentando-se que representa a futura geração umbandista. Acredito que a religião não só será uma orientação para seu futuro, bem como, um alicerce para a sua vida espiritual». Tudo indica que o mundo religioso é um mundo familiar e por isso mesmo, os espíritos são transformados em entidades, ou seja, em guias familiares que compõe junto com os umbandistas uma grande família – a família umbandista. E dentro desta visão de mundo, só está família pode educar as crianças para a sociedade. Pois, salientam: «pais têm por obrigação encaminhar seus filhos na religião que professam, porém sem obriga-los a aceitá-la, deixando que tomem sua decisão religiosa depois de adulto. É na infância que se infunde na criança s sentimentos de fé, esperança e caridade». O TRABALHO DA CRIANÇA NA RELIGIÃO A ideia de que existe uma idade certa para se começar a trabalhar na Umbanda, combina, em parte, com a noção que a sociedade faz do trabalho humano. O trabalho é considerado um processo no qual o homem é moldado por si mesmo, isto é, uma relação criadora que o transforma em um ser social e independente (From, 1965). O fim prático desta atitude visa elevar sua vida aproveitando o meio em que vive de forma útil e agradável. Aqui se lança mão das proposições de Bergson (1948) que afirma que o trabalho humano consiste em criar utilidades a partir de um desejo ou de uma necessidade. Portanto, o fim do trabalho – criar, produzir e transformar – existe porque há uma necessidade e um motivo para tal. E neste sentido, tal necessidade só vai aparecendo a partir do momento em que o homem se constitui, enquanto ser no mundo social, que corresponde às diversas faixas etárias onde a conduta humana vai sendo moldada. Assim, partindo da ideia de que o trabalho existe em função de uma necessidade de praticar uma ação útil, pode-se considerar que o trabalho na Umbanda significa praticá-lo na qualidade de médium, para realizar determinados atos com finalidade diversa: desenvolvimento mediúnico, consulta, passe, incorporar o guia, adivinhar o futuro, fazer algumas receitas ou remédios espirituais ou qualquer outro ritual desempenhado no terreiro. Trabalhar na Umbanda significa também uma relação de trocas recíprocas, na qual o médium está sempre em dívida com os espíritos (Birman, 1980). Fala-se na Umbanda no dar e receber como um princípio moral fundamental que une todos os homens entre si e toda a humanidade viva com os espíritos e os Orixás. A regra é a reciprocidade que complementa e humaniza efetivamente a relação com o sagrado de um lado, e de outro, torna corriqueiro o milagre, a cura e os próprios deuses. Essa reciprocidade traz os deuses ao mundo dos homens e os humaniza, de maneira análoga, também eleva os homens ao mundo divino os purificando e aperfeiçoando. Utilizando em linhas gerais as conclusões de Patrícia Birman (1980) constata-se que o trabalho umbandista é especificamente a prática da caridade em três instâncias: 1. É um ato que o espirito pratica, através de um cavalo para evoluir; 2. É um ato que o médium pratica incorporado com seu guia; 3. É um ato que o médium realiza ele próprio em nome de seu guia, ou em nome dos princípios umbandistas para também evoluir. Todas essas práticas da caridade visam atingir alguém – o cliente, alguém que necessita de ajuda, e os espíritos, que também necessitam de ajuda. Desta forma, a prática da caridade se dá numa relação vertical e horizontal formando uma rede de favores e gratidões de baixo para cima, de cima para baixo e lateralmente: o médium recebe do guia algo de graça que ele deva passar adiante para o cliente. Este último, por sua vez, devolve ao médium o que recebeu em forma de produtos, valores, ajuda, formando uma rede de relações como um círculo vicioso, onde quem recebe sempre está na condição de devedor e vice-versa. Para Birman (1980), esta rede de relações coloca os envolvidos em uma relação assimétrica permeada pelo poder que um exerce sobre o outro. Esta relação de poder é expressa através da «superioridade daqueles que estão na posição de doadores desinteressados em relação àqueles que estão recebendo.» (p.174). Portanto, a prática da caridade propõe uma visão moralista da estrutura social. No caso da criança, este tipo de relacionamento nem sempre funciona. Baseados na ideia de que a criança não possui responsabilidades, os umbandistas acabam considerando as atitudes infantis simplistas demais, pois suas atitudes não são baseadas nas regras sociais, e sim, nas suas vontades e gostos pessoais que costumam ser rápidos e de fácil esquecimento. O que se percebe é que na fala do médium adulto a criança não pode assumir a caridade, ou melhor, não deve praticar a caridade porque não está apta ao processo de troca espontânea. Dizem: a criança não sabe dar nada desinteressadamente e nem tão pouco fazer algo sem obter nada em troca. É como se disse que ela não sabe utilizar o poder mágico que tem em favor dos ideais umbandistas. Contudo, esses argumentos não impedem a iniciação de crianças de variadas idades na Umbanda, pois este processo tem outras implicações relacionadas a cargos ancestrais ou a saúde. Mas, como não existe uma idade fixa para se prestar a caridade, depende-se exclusivamente da maturidade de cada uma, o lugar da criança neste sistema religioso não pode ser desvalorizado totalmente. Apesar de toda a reinterpretação das regras da sociedade sobre infância, trabalho e família, os umbandistas não perdem de vista os desígnios divinos, os dons, a missão, como pode ser observado no depoimento que se segue: Nós sabemos que a mediunidade não tem idade, ela aflora independente de indivíduo para indivíduo. Logo a conclusão que nós chegamos é que, na criança, ela deve ser bem orientada para não interferir no seu desenvolvimento como pessoa. No caso de uma criança apresentar, aqui no Centro, uma mediunidade espontânea, que está na sua natureza e sua constituição se presta a isso, ela deve ser orientada e nunca, nunca, provocada. A imagem cultivada por estes umbandistas sobre o trabalho da criança passa necessariamente pela falta de maturidade psicológica que esta apresenta e não pela capacidade da sua mediunidade. Isto nos leva a pensar que de acordo com o grau de socialização dado pela família, a criança atingirá ou não a maturidade que lhe permita trabalhar como os demais médiuns. Em alguns casos, ela tem sua iniciação adiada para depois dos doze anos de idade, o que é bastante significativo, pois coincide com o início da adolescência. Todavia não se deve esquecer que o médium de berço é aquele que já nasceu com a sua cabeça feita; ele ou ela já está pronto para incorporar as entidades antes mesmo de nascer. Portanto, sua mediunidade não será desenvolvida como a de um adulto, mas apenas orientada. Enquanto o médium adulto precisa trabalhar e praticar a caridade para evoluir, o médium de berço já é evoluído. O médium tem que descobrir e trilhar seu caminho, o médium de berço, vem com esse caminho aberto em direção à terra de Aruanda, portanto a evolução espiritual desejada pelos umbandistas. CONSIDERAÇÕES FINAIS De um modo geral, na Umbanda, a infância é considerada como a idade da imperfeição, uma vez que na concepção da maioria das pessoas, as crianças são tidas como seres inocentes semelhantes a anjos, que estão alheias ou inaptas a certos valores 5, Essa percepção segue as molduras da cultura ocidental e da infância nela construída 6, o que nem poderia ser diferente, pois, como afirma Clifford Geertz (1978, p.106) a religião » é um sistema de símbolos que atuam de acordo com os padrões culturais de uma determinada sociedade. Padrões culturais que dão significado a uma realidade social e psicológica, modelando-a e modelando-se ao mesmo tempo». No entanto, esses anjos (as crianças) devem se transformar em seres humanos cuja conduta moral seja impecável. Ora, o cuidado dispensado a elas Institui uma visão moralista que assegura a continuidade do sistema religioso. A criança vai absorver a visão do mundo umbandistas de uma maneira gradativa e sistemática. Ela absorve esta percepção com a coloração particular que lhe é dada pelo grupo ao qual faz parte, melhor dizendo, a família umbandista. Se essa família é constituída em sua grande parte, por pessoas oriundas de classe média, o processo iniciático e sua mediunidade passam por interpretações e gostos e estilos da classe. Se esta família é de classe baixa, envolvidas com outras referências religiosas e até mesmo outras modalidades afro-religiosas, as dúvidas sobre sua iniciação, seus dons são resolvidos imediatamente pelos desígnios das entidades, ou mesmo dos Orixás. A criança passa a se identificar com o modelo que sua família umbandista segue, partilhando crenças e costumes, participando ou não dos rituais e festas especiais; brincando e conversando com as entidades, aprendendo e armazenando informações que vão moldar um comportamento social coerente e aceito pelo grupo. A criança é socializada dentro de uma relação família – religião, uma vez que a religião umbandista é um sistema estritamente familiar e a família é o núcleo central desse processo. Portanto, apesar da existência de um discurso mais afeito ao modelo da sociedade ocidental da livre escolha religiosa e da falta de confiança nas atitudes infantis, a criança é a representação da continuidade, manutenção e perpetuação da família e, consequentemente, da própria Umbanda. A iniciação de uma criança pode ser considerada como uma estratégia política de manutenção do grupo religioso, principalmente naqueles onde a sua religião foi transformada em tradição familiar. Neste contexto, a criança pode representar um contingente especial de reserva capaz de fornecer novos servidores ao culto, uma vez que ela representa a futura geração umbandista. Referências Bastide, R. (1973). Cavalo de santo. In: _. Estudos afro-brasileiros, (p.293- 323).Perspectiva: São Paulo. Berger, P.; Luckman, T. (1987). A construção social da realidade, (7. ed.) Petrópolis, RJ: Vozes. Bergson, H. (1948). L»evolution creative, Paris: PUFF. Birman, P. (1980). Feitiço, carrego e olho grande, os males do Brasil são: estudo de um centro umbandista numa favela do Rio de Janeiro, (Dissertação de mestrado). PPGA; Museu Nacional/ UFRJ. Brown, D. (1974). Umbanda: politics of an urban religious movement, (Tese de doutorado). New York: Departamento of Anthropology, Columbia University._. (1985). Uma história da umbanda no Rio: Umbanda e Política. Cadernos do ISER, n.º 18. Rio de Janeiro: Marco Zero / ISER. Cunha, W.R. (2013). Transe mediúnico, entre a ciência e a religião: uma análise sobre as relações entre o espiritismo e a parapsicologia, (Tese de Doutorado).PPGCR, PUC-GO. Eliade, M. (2002). O xamanismo e as técnicas arcaicas do êxtase, São Paulo: Martins Fontes. From, E. (1985). Psicanálise da sociedade contemporânea,4. ed. Rio de Janeiro: Zahar. Geertz, C. (1978). A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara. Lima, D.B. (1979). Malungo: decodificação da Umbanda, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. Montero, P. (1985). Da doença a desordem: a magia na Umbanda, Rio de Janeiro: Graal. Ortiz, R. (1978). A morte branca do feiticeiro negro, Petrópolis, RJ: Vozes. Peralva, M. (1987). Mediunidade e evolução, (5. ed.) Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira. Silva, O.J. (1983). Culto omoloko: os filhos de terreiro, Rio de Janeiro: s/ed. Recebido em: 05/09/2016 Aprovado em: 10/12/2016 Notas sobre os autores: Marilu Marcia Campelo: Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo. Coordenadora do NEAB Grupo de Estudos Afro-Amazônico (GEAM/UFPA) e Grupo de Estudos e Pesquisas Roda de Axé – CNPq. É professora na Universidade Federal do Pará. E-mail: [email protected], Alef Monteiro: Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará. Integrante do NEAB Grupo de Estudos Afro-Amazônico (GEAM/UFPA) e Grupo de Estudos e Pesquisas Roda de Axé – CNPq. E-mail: [email protected] [email protected],1 Disponível em: https://casadopaibenedito.wordpress.com/mapa-do-site/estudos-sobre-umbanda/ mediunidade -na-umbanda / >. Acesso em 09 nov.2016 2 Disponível em: https://casadopaibenedito.wordpress.com/mapa-do-site/estudos-sobre-umbanda/ mediunidade -na-umbanda / >. Acesso em 09 nov.2016 3 Disponível em: https://casadopaibenedito.wordpress.com/mapa-do-site/estudos-sobre-umbanda/ mediunidade -na-umbanda / >. Acesso em 09 nov.2016 4 Disponível em: https://casadopaibenedito.wordpress.com/mapa-do-site/estudos-sobre-umbanda/ mediunidade -na-umbanda / >. Acesso em 09 nov.2016 5 Para melhor compreensão da construção do eu das crianças na Umbanda sugerimos a leitura do texto «O estágio do espelho como formação da função do Eu», de Jacques Lacan (1998) que, mesmo não trabalhando esta religião, elucida diversos aspectos sobre a socialização conflituosa das crianças em meio a dualidade de «trabalhar» ou não «trabalhar», na medida em que o «eu» delas é formado a partir do discurso do meio em que estão inseridas 6 Como expões essa construção Phillippe Ariès, 1986.

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O que o médium sente?

Como é mais sensível do que os outros, até porque na maioria dos casos ele vê espíritos, ocorre com mais frequência as flutuações de humor, além de vivenciar situações estranhas e aflitivas. Depois, ao estudar a doutrina, tem condições de entender seu processo mediúnico e desenvolvê-la em centros espíritas.

Quando a mediunidade aflora?

Eclosão da mediunidade é o início ou aparecimento de fenômenos resultantes da capacidade de uma pessoa (médium) entrar em contato com seres de outra dimensão, os chamados ‘mortos’, que, em linguagem espírita, são os desencarnados, seres humanos que estão fora da carne, isto é, não têm o corpo físico.

Qual a idade para desenvolver a mediunidade?

Mas a verdade é que não tem hora para o despertar da consciência; ela pode acontecer em qualquer altura de nossa vida, desde infância, passando pelos anos de juventude e também na terceira idade. Sim, existe a mediunidade na melhor idade.

O que é um desdobramento espiritual?

Quando o espírito sai do corpo | O TEMPO A projeção consciente, também conhecida como «experiência fora do corpo», «viagem astral» ou «desdobramento», é mais comum do que se imagina. Algumas pessoas têm consciência de sair do corpo, mas outras fazem essa viagem de forma inconsciente.

  1. A projeção da consciência é uma experiência tipicamente subjetiva, descrita muitas vezes como uma sensação de flutuar como um balão e, em alguns casos, de ver o próprio corpo físico, olhando-o pelo ponto de vista de um observador (autoscopia).
  2. Estatisticamente, uma em cada dez pessoas afirma ter tido algum tipo de experiência fora do corpo.

Para aprofundar conceitos teóricos e práticos da viagem astral, o Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia inicia hoje um curso intensivo de férias, em que o aluno terá a oportunidade de mobilizar suas energias e aprender técnicas bioenergéticas de autodefesa, que consistem na expansão, recomposição e assistência energética a outras pessoas.

  • Além de aumentar a segurança individual diante dos fenômenos parapsíquicos, o curso promove a reeducação emocional e conscientiza o indivíduo quanto a sua procedência não física (paraprocedência).
  • A partir dessa abordagem multidimensional, pretende-se incentivar a consciência social ética e responsável.
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Todos esses fatores são propostos tendo em vista que as experiências extracorpóreas tendem a levar o indivíduo a repensar seus valores, buscando maior aproveitamento da vida, rumo à evolução pessoal», explica Jamel Alchaar, professora do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia.

  • Segundo ela, a projeção da consciência para fora do corpo humano é relatada por todos os povos e raças na história da humanidade e acontece independentemente de sexo, idade, raça, religião e educação.
  • O fenômeno projetivo é relatado desde as chamadas «iniciações no período antigo», o culto ao Ka do Antigo Egito, o «homo duplex» descrito pelo escritor francês Honoré de Balzac, até as recentes denominações «desdobramento» ou «projeção astral».

«Trata-se de uma experiência individual de percepção do ambiente ou de outras consciências, que acontece de maneira espontânea ou induzida. A pessoa se percebe fora do corpo, podendo inclusive observá-lo de maneira lúcida, e comprova que ela é muito mais que seu corpo físico», diz Jamel.

  1. A projeciologia é um subcampo ou especialidade da ciência conscienciologia, que estuda as projeções da consciência para fora do corpo físico, ou seja, as ações da consciência (ego, self ou personalidade humana) em dimensões não físicas, livres das limitações do corpo biológico.
  2. Segundo a professora, todos os seres humanos produzem a projeção da consciência, especialmente à noite, ao dormirem.

«No entanto, a maioria não vivencia o fenômeno com lucidez ou não traz a recordação completa quando desperta. A experiência de se perceber lúcido, pensando, sentindo e agindo conscientemente fora do corpo é autocomprobatória, fala por si só e não deixa dúvidas em quem vivenciou o fenômeno pelo menos uma vez com lucidez plena», ressalta a instrutora.

Para a projeciologia, nos sonhos, assim como no devaneio, na imaginação, na alucinação, no desequilíbrio mental ou nos distúrbios psicofisiológicos, o indivíduo não tem controle sobre suas ações. «Entretanto, na projeção consciente, a pessoa atua por sua própria vontade e determinação. Há várias pesquisas evidenciando as diferenças entre a projeção e esses estados alterados de consciência», diz Jamel.

AGENDA: O curso intensivo «Experiências fora do corpo» terá início hoje. Informações: (31) 3222-0056. Projeções. Elas ocorrem de modo involuntário ou espontâneo, durante o sono natural ou até mesmo em um simples cochilo. Em outros casos, a projeção consciente acontece em situações críticas, como é o caso das experiências de quase morte, tipo de projeção causada por traumas orgânicos ou acidentes físicos e comum em pacientes terminais ou sobreviventes de morte clínica.

Consciência atua em outras esferas A consciência utiliza vários corpos ou veículos para se manifestar. «O corpo humano, ou soma, é o veículo mais denso, percebido pelos sentidos físicos, quando estamos acordados, durante a vigília, momento em que todos os veículos de manifestação encontram-se em coincidência, encaixados uns nos outros», explica Jamel Alchaar, instrutora do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia.

Segundo Jamel, durante o sono ou por meio de relaxamento físico, por exemplo, esses corpos se desencaixam ou entram em descoincidência, possibilitando à consciência projetar-se para fora do corpo físico e atuar a partir de outro corpo, mais sutil ou menos denso, o corpo emocional, ou psicossoma.

Durante o momento do sono, apenas o corpo físico permanece dormindo, inanimado, vazio de consciência, sendo mantido apenas pelas funções autônomas biológicas. «Enquanto isso, a sede da nossa consciência, que se encontra no psicossoma, pode atuar livremente, em outras dimensões», diz a instrutora. Jamel afirma que há ainda a manifestação por meio do corpo mental, ou mentalsoma, sinalizando maior nível de lucidez e de racionalidade e menos emotividade.

«A manifestação da consciência é também bioenergética, quando utiliza o corpo energético, ou energossoma, responsável pela saúde e vitalidade. Ao conjunto de todos esses corpos (soma, psicossoma, mentalsoma e energossoma) denominamos ‘holossoma'», observa.

O que é a interpretação dos sonhos?

Interpretar os sonhos é uma forma de amadurecer e evoluir. Autoconhecimento, inspiração, lidar melhor com as emoções, mudar atitudes e comportamentos e até mesmo solucionar problemas são alguns dos benefícios.

Que poder os sonhos têm?

Para Freud, os sonhos tiveram o poder de contribuir para a compreensão do funcionamento mental, do psiquismo humano, para a descoberta do inconsciente e para o entendimento e o tratamento das neuroses. Para a psicanálise, os sonhos têm o poder de revelar parte do mundo interno, de quem somos, de nossos desejos e medos.